Na semana passada, falamos sobre a inseminação artificial, uma das técnicas de reprodução assistida utilizadas em casais que desejam ter filhos, mas não conseguem através da concepção tradicional devido a problemas de fertilidade. Hoje, você vai ficar por dentro da Fertilização in Vitro, a FIV, outra técnica de reprodução assistida.
A Fertilização in Vitro consiste na coleta dos gametas feminino e masculino para que a fecundação seja feita em laboratório para então transferir o embrião ao útero materno. A técnica foi utilizada pela primeira vez em 1978 na Inglaterra e chegou ao Brasil em 1983. Na época, a FIV era conhecida como bebê de proveta.
Geralmente, a técnica é indicada para casais em que a mulher tem lesões nas trompas, endometriose ou quando o homem tem problema na produção de espermatozoides. Também é muito utilizada quando há a doação de óvulos para mulheres que não os produzem mais ou em casos de casais homossexuais.
Para realizar a Fertilização in Vitro, a mulher recebe doses do hormônio FSH, o mesmo utilizado na inseminação artificial. Porém, na FIV, as doses de hormônios são maiores visando o recrutamento de um número maior de óvulos. Durante a estimulação dos ovários é realizado acompanhamento do crescimento dos folículos. Quando o folículo atinge tamanho adequado, administra-se o hCG para amadurecer os óvulos e induzir a ovulação. O processo de estímulo também dura em média de 9 a 12 dias.
Entre 32 e 36 horas após a última dose de hormônio, é feita a aspiração dos óvulos na mulher e a coleta de sêmen no homem. A coleta dos óvulos é realizada sob anestesia local e demora entre 10 e 20 minutos. Enquanto isso, o sêmen do parceiro também é colhido para realizar uma seleção dos espermatozoides mais ativos, que são cultivados juntamente ao óvulo em uma incubadora, favorecendo a fertilização de maneira espontânea. Para cada gameta feminino, são utilizados cerca de 100 a 200 mil gametas masculinos. Após óvulo e espermatozoide se fundirem em laboratório, acontece a transferência dos embriões para o útero materno. Vale ressaltar que a quantidade de embriões transferidos depende da idade da mulher. Por fim, após 14 dias do procedimento, é feito o exame para detectar se a técnica foi bem sucedida e houve gravidez.
Contando com a estimulação, a fecundação in vitro, a transferência de embriões e o exame que detectará o sucesso ou não do procedimento, a Fertilização in Vitro costuma durar em torno de 25 dias. Vale ressaltar que as chances de sucesso estão ligadas à idade do óvulo. Mulheres com menos de 35 anos tem 60% de chances. Entre 35 e 38 anos, as chances caem para 40% e continuam a baixar para 30% até os 40 anos, passando para 8% depois.
Como todo procedimento, a FIV também tem os seus riscos. Como o embrião é fecundado fora do útero e depois transferido, existe uma pequena chance de gravidez ectópica, aquela que ocorre fora do útero e pode colocar a vida da mulher em risco. Para reduzir as chances desse tipo de gestação, o embrião é colocado a 1 centímetro do fundo do útero. Também há o risco de gravidez gemelar, pois normalmente mais de um embrião é transferido ao útero. Esse tipo de gestação é considerado de risco, pois normalmente resulta em parto prematuro, o que significa mais cuidados para a mãe e os bebês.
No Brasil, o custo de uma FIV varia de R$7 mil a R$20 mil por tentativa, sem os gastos com medicação, que vai desde R$ 1 mil até R$ 5 mil.
Fique de olho no blog, pois nós da Munchkin queremos estar sempre presentes nos momentos que fazem a relação entre os pais e o bebê ser cada vez mais intensa. Para a Munchkin, detalhes fazem diferença.
Fontes: Ferticlin | MaterPrime | Minha Vida | Revista Crescer